Textos
Sal e Mel
Sua pele guarda o sol
que teimou em não queimá-la
dourada de resistência,
manhã após manhã.
Seu suor:
rio de sal nos dias ruins,
orvalho de mel
quando a vida afaga.
Nas curvas de seu corpo,
cicatriz,
um verso de poema
escrito com os joelhos no chão.
Fé? Ela nem chama de fé.
Chama de "levantar
mesmo quando o barro insiste
em ser tua cama".
E a luz que ela carrega
não é tocha nem farol
é o fogo que sobrou
das vezes que tentaram apagá-la.
Ybeane Moreira
Enviado por Ybeane Moreira em 15/07/2025
Copyright © 2025. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.