Textos
Morte de quem fica
Morre um pouco a cada adeus
quem fica: é vazio
é a cadeira que balança sozinha,
o telefone que não toca mais.
A morte de quem fica
é um silêncio que dói nos ossos,
um calendário marcando dias
que já não são de ninguém.
Morre-se de ausência
lento, como um copo quebrado
que ainda corta meses depois.
O pior não é o fim,
é a casa que insiste:
"ele ainda vai voltar".
Ybeane Moreira
Enviado por Ybeane Moreira em 28/05/2025
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