Textos
O Enigma Humano
Somos poeira cósmica que pensa,
barro que chora, fogo que dança.
Que sentido tem este rio de horas
que corre entre nossos dedos sem resposta?
Talvez o mistério seja a pergunta,
o caminho aberto, a ferida que apura.
Não vamos a lugar algum, caminhantes:
o destino é o chão sob nossos passos errantes.
E essa vaidade que nos consome?
Máscaras de ouro sobre abismos de lome.
Corremos atrás de espelhos quebrados
para esquecer que somos — apenas — emprestados.
Se entendêssemos: a vida é um verbo,
não um troféu. Entre o tudo e o nada,
o que fica é o amor não medido
e os gestos leves de quem foi grato.
Ybeane Moreira
Enviado por Ybeane Moreira em 13/05/2025
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