Textos
Pele de Poema
Minha pele é verso aberto,
tatuado de luas e segredos.
Cada cicatriz, um dístico,
cada sinal, um haikai antigo.
Não me vista de seda ou de armadura,
minha carne já é escrita pura.
Os dedos que me tocam leem,
as mãos que me envolvem, decifram.
Sou mapa de metáforas vivas,
onde dores viram estrelas,
onde beijos são pontuações,
e o silêncio — travessão.
Não me cubras, não me escondas,
pois minha nudez é lírica,
feita de tinta e ternura.
Sou corpo-livro, pele-página,
e até o vento vira leitor
quando passa e me assina.
Ybeane Moreira
Enviado por Ybeane Moreira em 09/05/2025
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