Eu divido meus dias  
entre o que vejo e o que quero ver,  
entre o que sou e o que prometi ser.  

A visão de quem olha  
não alcança o que escondi,  
as promessas que fizemos  
só por fazer, só por seguir.  

Prometemos palavras ao vento,  
jurámos estrelas ao chão,  
mas quantas dessas luzes  
ainda brilham na escuridão?  

Eu carrego o peso do que disse,  
e o silêncio do que não cumpri,  
mas sigo dividindo meus dias,  
entre o que fui e o que ainda sou aqui.  

Que as promessas não sejam sombras,  
mas sementes a brotar,  
porque mesmo no não ver,  
há um caminho a se encontrar.