Queridas mulheres,
Escrevo esta carta com o coração pesado, mas a voz firme. Sinto a necessidade urgente de expressar a angústia que nos acompanha, a dor que silenciamos e a luta que travamos diariamente: a tortura de simplesmente ser mulher.
Somos atormentadas desde a infância, quando nos impõem padrões de beleza inalcançáveis e nos ensinam a duvidar de nossas capacidades. Somos pressionadas a escolher entre carreira e família, a nos moldar a um ideal de feminilidade que muitas vezes nos sufoca.
No mundo do trabalho, somos subestimadas, desvalorizadas e submetidas a uma carga maior de responsabilidades. Sofremos assédio moral e sexual, e vemos nossas ideias serem apropriadas por homens.
Nas ruas, nos sentimos inseguras, com medo constante da violência. A cada notícia de feminicídio, um pedaço de nós se quebra. A cada piada machista, a cada olhar invasivo, sentimos a humilhação de sermos objetos.
Em casa, a carga de cuidar da família e do lar recai, em sua maioria, sobre nós. Somos as responsáveis pela educação dos filhos, pela organização da casa e pela manutenção das relações familiares.
Mas, apesar de todas as adversidades, nós, mulheres, somos resilientes. Somos fortes, criativas e determinadas. Nos unimos para lutar por nossos direitos, para construir um mundo mais justo e igualitário.
Esta carta é um grito de socorro, mas também um chamado à ação. É hora de dizermos basta! É hora de denunciar todas as formas de violência contra a mulher. É hora de exigir nossos espaços, nossos direitos e nosso respeito.
Que esta carta sirva de inspiração para que todas nós continuemos a lutar por um futuro onde ser mulher seja sinônimo de liberdade, igualdade e respeito.
Com raiva e esperança,