Sou professora de um tempo distante,  
Onde o mimeógrafo dançava sob o sol radiante.  
O cheiro do álcool, perfume no ar,  
Papel que se enchia de sonhos a flutuar.

Cortava e colava, com mãos dedicadas,  
Cada folha uma história, memórias guardadas.  
Sem telas brilhantes nem cliques a soar,  
A simplicidade era nosso jeito de amar.

Lembro das risadas nas salas de aula,  
Do aprendizado que brotava sem pausa.  
Hoje os tempos mudaram, tudo é veloz,  
Mas em meu coração, ainda ecoa a nossa voz.

As lembranças permanecem como um farol,  
Preceptor na era digital.  
Sou professora do passado e do agora,  
Carrego as memórias que o tempo não devora.