Nunca voltarei, pois o tempo é um rio,  
Que flui incessante, levando o que passou.  
Os passos que dei, em busca do desafio,  
Transformaram o ontem em sombra que se apagou.

O lugar que se volta é sempre outro espaço,  
Uma miragem distante que o coração não reconhece.  
As memórias dançam, mas a vida é um laço,  
Que entrelaça o presente e o passado se esquece.

Em cada retorno, uma nova paisagem,  
Os rostos mudam, e o eco se desfaz.  
O que era familiar agora é uma miragem,  
E as trilhas percorridas não são mais iguais.

As risadas do passado ressoam em ecos,  
Mas não há mais o calor daquela conexão.  
O tempo se transforma em fragmentos secos,  
E o lar que busquei é só uma ilusão.

Nunca voltarei, pois a essência se altera,  
E os sonhos que abracei já não são mais meus.  
No horizonte à frente, a vida me espera,  
Com novas cores e caminhos mais seus.