Morada dos deveres
Na vastidão do ser, onde o tempo se aninha,
Erguem-se as paredes do lar que habitamos,
Um sutil refúgio, onde a vida se ensina,
E os deveres, como sombras, em nós clamamos.
Oh vida! Teus fardos são lições encobertas,
Em cada canto ressoam ecos de obrigações,
Os afazeres dançam em ritmos de ofertas,
Tece-se o cotidiano com fios de emoções.
As tarefas nos cercam como brumas sutis,
Cada gesto um chamado à responsabilidade,
No silêncio da casa, entre sonhos febris,
Desvelamos os mistérios da nossa verdade.
Cuidar da morada é legar ao futuro,
Regar as esperanças que florescem no chão.
A vida é um ciclo, um eterno apuro,
Em que os deveres se tornam nossa canção.
Por entre os desafios que a rotina propõe,
Descobrimos a beleza do simples viver.
Na lida diária, onde a alma se expõe,
Encontramos o sentido do nosso aprender.
Ybeane Moreira
Enviado por Ybeane Moreira em 24/12/2024