Em calma aparente, o mundo me observa,  
Um semblante sereno, como lago em paz,  
Mas nas profundezas, a alma se conserva,  
Um eco profundo que a vida traz.

A quietude é manto que envolve meu ser,  
Mas dentro de mim, tempestades rugem,  
Um clamor silencioso, difícil de conter,  
Sentimentos ocultos que em sombras surgem.

Sussurros da mente em frenesi constante,  
Ideias e sonhos a pulsar em meu peito,  
O silêncio externo é um véu intrigante,  
Que esconde a tormenta do meu anseio feito.

É na introspecção que busco a verdade,  
Mesmo que o mundo não veja o que grita,  
Dentro de mim habita uma voracidade,  
Um desejo profundo que nunca se agita.

Oh! Como anseio por um grito audaz,  
Que rompa as barreiras do medo e do tédio!  
E quando o silêncio já não me satisfaz,  
A voz interior se ergue em seu próprio enredo.

Entre o calmo e o ardente,  
A dança das almas em eterna contrariedade.  
Por fora sou paz; por dentro um presente:  
Um universo inteiro clamando por liberdade.